Friday, June 24, 2016

Victoria Falls: A preciosidade da África e do mundo.


Victoria Falls (cataratas Victória) é um dos grandes pontos turísticos da África e está localizado no Zimbabwe, fronteira com a Zâmbia.
Desde 1989, as Victoria Falls são consideradas patrimônio da humanidade pela Unesco. É também considerada a maior catarata do mundo com 1708 metros de extensão e  99 metros de altura.




O primeiro registro dessa maravilha do mundo foi feita  pelo explorador  escocês David Livingstone, ele quem deu o nome de Victória em homenagem a uma rainha inglesa.
O volume da queda da água nas cataratas  depende da estacão do ano.
Na estação de seca, fim de Outubro até começo Janeiro, onde chuvas são escassas e a cachoeira se encontra mais seca e com menos volume, é possível acessar a “Devil Pools” (piscina do diabo) pelo lado da Zâmbia.




No período pré-seca, de Janeiro até começo de Abril, a queda já está com média força, se tornando mais bonita que o período de seca. Porém, a água é tão forte que se você observar por terra, levará um bom banho. É como se estivesse chovendo.




No período de chuvas, que vai do fim de Abril até fim de Julho a cachoeira se encontra em força total ocupando todo desfiladeiro, criando um verdadeiro show da natureza. Centenas de arco-íris se formam e visitá-las por terra (no parque) irá te dar a sensação de estar em uma tempestade devido a força da água. 




Piscina do Diabo: Vai encarar?

Uma piscina com uma bela vista, mas é preciso ter coragem: nas cataratas de Victoria Falls, na Ilha de Livingstone, do lado da Zâmbia, fica a Devil’s Pool (Piscina do Diabo), um nome que é bem fácil de entender depois de ver a localização desta preciosidade da natureza.




Nos meses de seca, quando o volume de água é menor, a piscina do diabo se torna um lugar incrível onde as pessoas podem tomar um belo banho, sem o risco de serem arremessadas cachoeira abaixo.
Ela se forma em um dos cantos da Catarata, em um espaço estratégico, garantindo a seus nadadores uma vista de tirar o fôlego.

O mergulho é seguro, mas é sempre preciso muita atenção e cuidado. Aí é  só desfrutar da magia que esse lugar tem a oferecer.



Friday, June 10, 2016

Delta do Okavango: O paraíso da vida selvagem.


Não é segredo que o continente africano tem uma beleza natural que deixa qualquer um de boca a aberta. Em cada país, uma cultura diferente a ser explorada e lugares para serem apreciados. Achamos muito justo que o mundo conheça toda essa diversidade que está
a disposição, e por isso, hoje vamos falar de um dos lugares que todo mundo deveria colocar na sua lista de viagens: Delta do Okavango, em Botswana.



O país é um imenso santuário de vida selvagem, o que oferece uma das mais ricas e diversificadas experiências em meio a uma natureza preservada e praticamente intocada na África.



O Delta é o maior delta interno do mundo, sendo formado pelo rio Okavango, que se esvazia no grande Deserto de Kalahari, onde existiu um lago, formando um oásis selvagem em uma paisagem silvestre.  
O lugar tornou-se uma das 7 maravilhas da África e referência quando se fala em paraísos naturais de animais.



O Delta é um verdadeiro labirinto de lagoas, lagos e ilhas ocultas, sendo que a maioria desaparece ou mudam de forma todos os anos por causa das enchentes anuais. É também a terra dos elefantes, portanto, espere ver grandes manadas brincando na água para escapar do calor do sol.

Os hipopótamos costumam descansar na rede de ilhas verdes, os leões preferem caçar antes das horas mais quentes do dia, enquanto que os tímidos leopardos esperam pela cobertura da noite. Enormes manadas de zebras, gnus e búfalos percorrem as planícies de forma totalmente livre. Ou seja, de fato, há muito vida selvagem por lá.

Aos amantes da avifauna, uma ótima notícia: O Delta abriga mais de 400 espécies de aves, sendo que as Big 5 Birds, as cinco aves mais espetaculares da África também fazem parte deste cenário. Então, se você é o tipo de pessoa que gostaria de visitar o mundo animal com aves em seu habitat natural, não tenha dúvidas de que o Delta é o lugar mais recomendado para isso.

As viagens feitas de mokoro, uma tradicional canoa que flutua acima do nível da água proporciona uma experiência autêntica e fantástica no Delta. A canoa é guiada através da água por um profissional, que muitas vezes passam perto de hipopótamos e crocodilos durante o passeio.


Friday, June 3, 2016

Que tal um safári na África do Sul?

Fazer um safári na África do Sul, é, sem dúvida, um dos passeios mais inesquecíveis que qualquer pessoa pode fazer na vida.
É indescritível a sensação de ver animais selvagens em seu habitat natural e ainda contemplar a beleza da natureza do continente africano. Natureza muito privilegiada, diga-se de passagem.


E quando falamos em safári, obviamente vem a nossa mente o Kruger National Park, que é o destino mais procurado para um safári na África do Sul.
O lugar  não é somente uma das reservas mais antigas do país, como também a maior. É também uma das mais diversificadas reservas de animais do mundo.
O Kruger Park se entende por uma área de cerca de 350Km de extensão de norte a sul, ou seja, há muita coisa para explorar.
Cada dia um novo cenário, e as surpresas dos animais que vem pela frente fazem de um de um safári uma experiência realmente muito marcante.


Além do Kruger Park, existem outras reservas que podem oferecer um tour tão especial quanto.

Um bom exemplo disso é a Madikwe Game Reserve, considerada a terceira maior reserva ecológica da África do Sul. Localizada a 30 km da fronteira com Botswana, a Madikwe Game Reserve é  o lugar ideal para quem deseja conhecer os 5 animais mais difíceis de serem caçados pelo homem, os famosos Big Five - búfalo, elefante, leopardo, leão e rinoceronte –, a reserva tem cerca de 75 mil hectares.



Como funciona os Game Drives?

Os game drives – safáris em veículos 4×4 – em geral acontecem duas vezes por dia: o primeiro horário entre 5h30 e 7h e no final da tarde, perto das 16h.
Como as temperaturas nestes horários estão mais amenas, os animais saem para beber água e ir em busca de comida, por isso há maior possibilidade de serem vistos.
Os passeios duram cerca de três a quatro horas. O passeio é bastante seguro.



Melhor época para fazer um safári

Independente do lugar que você escolher para ter sua experiência com safári, as melhores épocas são: outono e inverno. Isso porque durante essas épocas acontece a seca na savana, o que facilita a visualização dos animais.
Outro fator muito importante e que deve ser levado em consideração, é que as temperaturas são bem mais amenas, então você não vai passar aquele sufoco do sol de verão.



E aí, que tal programar o seu safári na África do Sul?

Friday, May 27, 2016

3 lugares para tomar um bom café em Cape Town


 1) TRUTH COFFEE
 Se você é um amante de café, não pode deixar de reservar umas boas horas do seu tempo em Cape Town para ir ao Truth Coffee.
O Truth é considerado a melhor cafeteria do mundo, sendo também um dos lugares mais bonitos para uma visita pela sua decoração.
Seu café é torrado a mão em um tambor de ferro fundido vintage. Dá para experimentar até mesmo sem açúcar de tão bom que é.



2) DELUXE COFFEEWORKS
 Você deve estar acostumado a ir em muitos lugares com uma rede de Wi-fi disponível.
Fique sabendo desde já que nesta cafeteria não vai encontrar. A filosofia deste lugar é que as pessoas aproveitem o momento com quem estão acompanhadas, apreciem a música, e claro, desfrutem do aroma e do sabor do café.
Outro ponto interessante na essência desta cafeteria é o de acreditar que o café deve ser servido aos clientes da mesma forma que gostaria de ser recebido.
De fato, este é um lugar onde você encontrará uma das mais autênticas experiências de café em Cape Town.



3) THE HOUSE OF MACHINES

Thom, como é carinhosamente conhecida, é uma oficina de moto e uma loja de roupas masculinas (sim, você leu certo) durante o dia e um bar moderno à noite. Os proprietários encontraram ainda uma forma de adicionar o café a esta mistura eclética. Café muito bom, por sinal.

A decoração do lugar chama atenção: vigas de madeira, tijolos expostos, muitos quadros na parede.


Friday, May 20, 2016

Estudando em Cape Town - Levando conhecimento para fora da sala de aula.

Vamos lá para mais um post sobre como é estudar em Cape Town.
Na semana passada eu listei aqui no blog alguns motivos para investir nos estudos na cidade, e agora começo uma jornada semanal para contar como está sendo essa experiência.



Para darmos start, vou falar de um dos pontos listados na semana passada e que eu acho muito interessante: a diversidade.

Como eu havia falado, em Cape Town vivem pessoas de vários cantos do mundo, cada uma em busca de uma vivência diferente na cidade.
Na minha classe, por exemplo, há pessoas de Moçambique, Madagascar, Congo, e até mesmo mãe e filha estudando juntas. Elas são do Egito e moram em Cape Town há alguns meses.
Durante as aulas, temos o costume de sair um pouco do conteúdo de aprendizado e falarmos também de questões de cada um dos alunos ou de seu país, o que gera um conhecimento e troca de informação entre os estudantes. Falamos muito sobre Brasil e nossa cultura, inclusive. E sim, as pessoas acham lindo a forma como nós falamos e muitas vezes pedem para eu traduzir palavras ou frases do inglês para o português para aprenderem a falar.
 
A cada semana um estudante faz uma apresentação falando de algum assunto que ele considera interessante ou sobre algo que ele já fez ou faz.
A Lorraine, sorteada para a semana, falou de seu trabalho em uma organização de Cape Town que atende crianças com deficiência física e mental. Percebemos ao longo do diálogo como este é um assunto frágil e requer uma certa sensibilidade para ser entendido.

O trabalho é sensacional, realmente admirável como as pessoas que trabalham lá se colocam a disposição para ajudar essas crianças que, muitas vezes foram abandonadas e encontram na organização além de cuidados especiais, um verdadeiro lar.
A apresentação gerou uma discussão muto positiva e construtiva. Deu para perceber que as pessoas se interessaram mais pelo assunto e para ajudar também. Eu sou uma delas. :)

Friday, May 13, 2016

6 motivos para estudar em Cape Town.

Fazer um intercâmbio para aprender uma nova língua, conhecer novos lugares e pessoas e viver uma cultura diferente é o sonho de muitos jovens no mundo inteiro. É uma fase importante de aprendizado, uma oportunidade incrível.
Mas aí surge aquela cruel dúvida: em qual país e cidade?
E então começa  a saga pela busca de informações na internet, através de amigos que já fizeram ou conhecem alguém que já passou por essa fase, assim como alguns países e questões importantes que devem ser levadas em consideração para embarcar nessa aventura. 



Neste primeiro post, eu, Rosangela Alves, uma brasileira que estuda em Cape Town, Africa do Sul, escrevo alguns motivos para estudar aqui, e, nos próximos, continuo contando como está sendo essa experiência. Vamos lá?

1) É barato.

Quando pensamos em fazer um intercâmbio, certamente uma das coisas que levamos muito em consideração é custo, e nesse quesito a África do Sul é um dos países preferidos para quem quer estudar e economiar. É só fazer uma comparação com países como Inglaterra e Estados Unidos, por exemplo, para ver uma grande diferença. Isso porque diferente do dólar ou euro, o rand, a moeda da África do Sul é desvalorizada em relação ao real. 




2) As belezas naturais surpreendem.

A África do Sul é um país deslumbrante, contando com belezas naturais e diversas capazes de brilhar os olhos de qualquer pessoa. 
Savanas, florestas, pastagens, desertos, praias, montanhas, como as cordilheiras do Karoo e Drakensberg. Tudo isso se vê por aqui.




3) Cape Town é incrível.

Cape Town é considerada uma das cidades mais bonitas do mundo pela sua arquitetura invejável e uma natureza que está à sua disposição por todos os cantos.  É uma das cidades preferidas de quem viaja ou faz intercâmbio na África do Sul.
Além disso, há muito para se fazer, desde os bons restaurantes a passeios de aventura ou culturais e os programas de trabalho voluntário em diversas áreas.





4) Não há exigência de visto para até 3 meses.

Se você pretende estudar por até 3 meses, não se preocupe, na África do Sul você não precisa de visto. Você pode entrar no país portando apenas o passaporte válido e o CIV (Certificado Internacional da Vacina) contra febre amarela (a vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque). Se você pretende esticar a sua estadia, o processo de visto não e nada burocrático.




5) Diversidade: Aqui tem grande valor.

Uma das características mais fortes da Africa do Sul é a sua diversidade. Em Cape Town, por exemplo, circulam os mais diversos grupos, fazendo da cidade uma metrópole multicultural. Gente de todos os cantos vem à cidade em busca de uma experiência verdadeiramente única.




6) Clima agradável e pessoas receptivas.

Grande parte dos brasileiros adora um clima mais agradável e quer fugir das baixas temperaturas, e por isso a África do Sul é uma boa opção para morar por um tempo, pois o clima é muito parecido com o do Brasil.
No verão as temperaturas chegam no máximo a 27ºC e no mínimo entre 15ºC e 16ºC. No inverno, ficam por volta dos 7ºC e as  máximas pouco acima dos 20ºC durante o dia.  
Além disso, encontra-se em todos os lugares do país uma hospitalidade que nos faz nos sentir em casa, algo que valorizamos e muito em terras brasileiras.




Thursday, May 5, 2016

AfrikaBurn: uma experiência de vida em pleno deserto da África do Sul.




O AfrikaBurnB é um festival que acontece anualmente no meio do deserto de Tankwa Karoo, na África do Sul.

Assim como o Burning Man, que é realizado no deserto de Nevada nos EUA, o AfrikaBurn acontece em uma cidade temporária, construída especialmente para a realização do festival.

Com o intuito de celebrar a vida em comunidade, a diversidade, a autoexpressãoautoexpressão, a arte, a cultura  e a música, o AfrikaBurn reúne cerca de 10 mil pessoas todo ano.

O festival tem personalidade própria por ser construído pelos próprios visitantes, e por isso é visto por pessoas do mundo inteiro como uma experiência diferente e única.





Uma das práticas mais comuns no festival é o chamado "Gifting", que significa presentear outras pessoas. Este é um dos 11 princípios que o AfrikaBurn carrega em sua essência, então a qualquer momento andando pelo deserto você pode ser presenteado por um desconhecido, seja com algo que goste de fazer, uma comida ou uma bebida. Todos têm a liberdade de presentear qualquer pessoa.


A única coisa que se vende por lá é gelo, e isso se deve à cultura de compartilhamento, então é preciso ir preparado com tudo o que for necessário, desde comida a fantasias. 
Aliás, está aí uma das coisas mais interessantes do festival: muitas fantasias diferentes, cada uma carregando a personalidade de cada um. É o lugar perfeito para esbanjar a autoexpressãoautoexpressão de todas as formas.





 Muita diversidade, muitas pessoas diferentes e de todas as idades vão ao festival para terem uma experiência diferente de qualquer outra coisa que já tiveram em suas vidas. É isso que faz com que o AfrikaBurn seja de todos e para todos.





Tudo o que você leva ao festival, volta com você. E detalhe, não há lixeiras espalhadas pelo festival, pois a ideia é que cada um seja consciente e responsável pelo seu lixo. A preservação do ambiente é uma questão levada muito a sério, tanto que há um chuveiro para banho, mas só é permitido o uso do sabonete eco que é disponibilizado.


Algo que me chamou muito a atenção no festival é a forma como as pessoas respeitam a individualidade de cada um, além da simpatia de quem está, muitas vezes apenas passando ao seu lado.



Um bom papo, sorrisos e abraços são distribuídos a todo momento.
Conheci muitas pessoas, e era sempre uma surpresa boa que aparecia.
Quando eu dizia que sou brasileira, percebia uma grande admiração das pessoas pelo Brasil, o povo e sua cultura.



O Kevin, um sul-africano com quem fiz amizade gosta tanto do Brasil que me chamou para fazermos uma caipirinha em seu camping. Foi ótimo!



Caminhando pelo deserto, parei para tomar vinho com algumas pessoas, e foi aí que eu conheci o Eric, um fotógrafo que tem orgulho de ser um pouco americano, um pouco francês e um pouco sul-africano.


Aproveitamos a tarde ensolarada para andar pelo festival e tirar algumas fotos. Foi o dia em que mais observei tudo o que havia lá, pois fomos de uma ponta à outra.





Há inúmeras esculturas espalhadas pelo deserto, deixando a paisagem ainda mais bonita e interessante.




Elas são construídas por diferentes coletivos e artistas, e no fim do festival são queimadas, simbolizando fases da vida, que nada dura para sempre. É um dos momentos mais esperados e muitas pessoas se juntam em volta das esculturas para acompanhar. Enquanto queimam, há música e show de pirofagia.