Thursday, May 5, 2016

AfrikaBurn: uma experiência de vida em pleno deserto da África do Sul.




O AfrikaBurnB é um festival que acontece anualmente no meio do deserto de Tankwa Karoo, na África do Sul.

Assim como o Burning Man, que é realizado no deserto de Nevada nos EUA, o AfrikaBurn acontece em uma cidade temporária, construída especialmente para a realização do festival.

Com o intuito de celebrar a vida em comunidade, a diversidade, a autoexpressãoautoexpressão, a arte, a cultura  e a música, o AfrikaBurn reúne cerca de 10 mil pessoas todo ano.

O festival tem personalidade própria por ser construído pelos próprios visitantes, e por isso é visto por pessoas do mundo inteiro como uma experiência diferente e única.





Uma das práticas mais comuns no festival é o chamado "Gifting", que significa presentear outras pessoas. Este é um dos 11 princípios que o AfrikaBurn carrega em sua essência, então a qualquer momento andando pelo deserto você pode ser presenteado por um desconhecido, seja com algo que goste de fazer, uma comida ou uma bebida. Todos têm a liberdade de presentear qualquer pessoa.


A única coisa que se vende por lá é gelo, e isso se deve à cultura de compartilhamento, então é preciso ir preparado com tudo o que for necessário, desde comida a fantasias. 
Aliás, está aí uma das coisas mais interessantes do festival: muitas fantasias diferentes, cada uma carregando a personalidade de cada um. É o lugar perfeito para esbanjar a autoexpressãoautoexpressão de todas as formas.





 Muita diversidade, muitas pessoas diferentes e de todas as idades vão ao festival para terem uma experiência diferente de qualquer outra coisa que já tiveram em suas vidas. É isso que faz com que o AfrikaBurn seja de todos e para todos.





Tudo o que você leva ao festival, volta com você. E detalhe, não há lixeiras espalhadas pelo festival, pois a ideia é que cada um seja consciente e responsável pelo seu lixo. A preservação do ambiente é uma questão levada muito a sério, tanto que há um chuveiro para banho, mas só é permitido o uso do sabonete eco que é disponibilizado.


Algo que me chamou muito a atenção no festival é a forma como as pessoas respeitam a individualidade de cada um, além da simpatia de quem está, muitas vezes apenas passando ao seu lado.



Um bom papo, sorrisos e abraços são distribuídos a todo momento.
Conheci muitas pessoas, e era sempre uma surpresa boa que aparecia.
Quando eu dizia que sou brasileira, percebia uma grande admiração das pessoas pelo Brasil, o povo e sua cultura.



O Kevin, um sul-africano com quem fiz amizade gosta tanto do Brasil que me chamou para fazermos uma caipirinha em seu camping. Foi ótimo!



Caminhando pelo deserto, parei para tomar vinho com algumas pessoas, e foi aí que eu conheci o Eric, um fotógrafo que tem orgulho de ser um pouco americano, um pouco francês e um pouco sul-africano.


Aproveitamos a tarde ensolarada para andar pelo festival e tirar algumas fotos. Foi o dia em que mais observei tudo o que havia lá, pois fomos de uma ponta à outra.





Há inúmeras esculturas espalhadas pelo deserto, deixando a paisagem ainda mais bonita e interessante.




Elas são construídas por diferentes coletivos e artistas, e no fim do festival são queimadas, simbolizando fases da vida, que nada dura para sempre. É um dos momentos mais esperados e muitas pessoas se juntam em volta das esculturas para acompanhar. Enquanto queimam, há música e show de pirofagia.




























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